Gestão de Pessoas e web 2.0: as lições de Obama para as corporações
Todos tem um conjunto de necessidades a serem preenchidas. Mas, o que é incrível é que as corporações mais avançadas e sofisticadas do planeta raramente saem do nível fisiológico (comida). Eu vejo anúncios de trabalho, como também vejo comentários de colegas, que na hora da contratação as empresas vão logo falando dos “benefícios” que a empresa oferece. Fala-se somente de comida propriamente dita. Os tickets, o convênio, o salário, as regalias etc…
Quando passamos para o segundo nível (segurança – emprego estável) a coisa começa a complicar. Ai vem uma coisa chamada “resultados”. Há um conjunto de metas a serem atingidas (se são realistas ou não é problema meu. Assim dirá seu chefe a você no primeiro dia de trabalho). E daí pouquíssimas empresas passam: amor e relacionamento? O que é isso? E o que mais Maslow diz: estima e reconhecimento. Essa eu pulo Maslow! O que tem mais a Maslow? E ele vai te dizer o último nível para fazer alguém realmente colaborar com a atividade ao qual ele esta sendo contratado para fazer:
“Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: “What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!”.
Huummm, coisa de filósofo! Realmente já foi coisa de filósofo, mas agora temos algo mais concreto para afirmar que isso não é somente coisa de filósofo. Temos um presidente norte-americano (e isso não é qualquer coisa) que é totalmente fora dos padrões de beleza do mundo (que dirá norte-americano) que simplesmente conseguiu gerar em uma centena de milhões de americanos um sentimento de auto-realização.
Centenas de milhares de pessoas se mobilizaram em torno de uma proposta de se realizar enquanto uma nação democrática e aberta a todas as raças. Centenas de milhares de pessoas queriam acreditar que realmente a América era a terra da oportunidade e que poderia sim eleger um negro (de origem familiar muçulmana em plena guerra do Iraque) para a presidência. Como pode um sonho tão bobo (isso iria ser manipulação da mídia diriam uns) se tornar tão real. Parece até a história Fievel
contatos. Reforçar laços.
Veja bem! Ele não é programador! Ele não é formado em TI, mas é uma pessoa que sabe da importância da ligação entre o local e o global que as redes sociais tem a capacidade de concretizar. Barack Obama “sentiu” que este sentimento estava latente e viu que as redes sociais (tecnologias web 2.0) já estavam maduras e se aventurou nos 7 mares da internet. O resultado é esta campanha (e esta vitória) esplendida que trouxe os Estados Unidos para um novo patamar em termos de imagem global.
Pela primeira vez em décadas uma bandeira norte-americana não é queimada no Fórum Social Mundial. Diplomacia?? Não são as mídias sociais! Quem trabalha com Gestão de Pessoas deve estar atento a esta nova forma de criar relacionamentos entre pessoas. Veja que a ênfase da matéria é clara quanto as habilidades de Chris Hughes (que é formado em literatura e história): ainda ajudar as pessoas a manterem os relacionamentos.
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